Pesquisa revela insatisfação dos parnaibanos com o transporte público em Parnaíba

Os veículos que hoje são os responsáveis pelo transporte coletivo em Parnaíba, segunda maior cidade do Piauí, são considerados inseguros e de baixa qualidade. É o que revela uma pesquisa obtida com exclusividade pelo adn10.com feita em maio de 2012 pela pesquisadora Angélica Aragão Lima da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

A pesquisa identificou que dentre os vários meios de transportes utilizados pelos parnaibanos, as vas e os micro-ônibus são os mais utilizados, seguido pelos mototáxis. 

Imagem: PCN

O grau de satisfação da população quanto à qualidade do transporte oferecido, deixou evidente seu descontentamento, 41% dos entrevistados consideram péssimo e ruim, 38% como regular e apenas 21% avaliaram como bom. Ao ser avaliado de forma geral, para maioria dos entrevistados, o setor de transportes na cidade tem apresentado falhas em aspectos considerados relevantes, principalmente em relação a segurança durante o trajeto, a falta de conforto devido à superlotação e a ausência de renovação da frota.

Em relação à segurança 66% afirmaram não se sentirem seguros utilizando o transporte. Mais da metade dos passageiros levaram em consideração a falta de fiscalização por parte da prefeitura, a disputa entre os prestadores de serviço que não respeitam a velocidade, e o desentendimento entre os próprios usuários.

Imagem: PCN

Outro item avaliado foi em relação à quantidade de veículos disponíveis que fazem o transporte de passageiros na cidade, onde 72% dos usuários disseram considerar insuficientes. A superlotação, principalmente nos horários de maior fluxo de passageiros, a má distribuição do transporte dentro da cidade e o tempo de espera por uma condução, são os motivos que levam a insatisfação da população.

O estudo concluiu que a cidade ainda conta com um serviço de transporte público ineficiente, o que compromete o bem estar dos usuários. Entre suas inúmeras falhas encontram-se: ausência de um terminal público de transporte coletivo com estrutura adequada, falta de pontos de embarque e desembarque distribuídos pela cidade, número insuficiente de veículos de transporte alternativo, má distribuição dos existentes e negligência quanto a sua manutenção.